O ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano à Casa Branca, gerou polêmica ao afirmar, nesta segunda-feira (7), que imigrantes trazem “genes ruins” para os Estados Unidos. A declaração foi feita durante uma entrevista ao locutor conservador Hugh Hewitt, na qual Trump comentava a política migratória do Partido Democrata e criticava a vice-presidente Kamala Harris.
Trump afirmou que muitos imigrantes que chegam ao país são assassinos, dizendo: “Muitos deles mataram bem mais de uma pessoa, e agora vivem tranquilamente nos EUA. Eu acredito que ser um assassino está nos genes da pessoa. E a gente tem muitos genes ruins no nosso país agora.”
A campanha de Trump defendeu suas palavras, alegando que ele se referia a assassinos e não a todos os imigrantes. Uma porta-voz da campanha chamou a atenção para o fato de que a mídia frequentemente tenta defender criminosos para atacar o ex-presidente.
As declarações de Trump não são novidade, dado seu histórico de comentários considerados racistas e xenofóbicos. Em 2023, ele afirmou que imigrantes “envenenam o sangue da nação”, e em 2017, minimizou a violência em Charlottesville ao afirmar que havia “pessoas boas dos dois lados” do confronto entre supremacistas brancos e manifestantes antirracistas.
Estudos e especialistas indicam que imigrantes que entram nos EUA de forma irregular não cometem crimes em maior frequência do que a população em geral. No entanto, a associação entre migração e criminalidade continua a ser uma estratégia comum na retórica republicana.
A Casa Branca condenou as declarações de Trump. Uma porta-voz afirmou que “esse tipo de linguagem promove o ódio, é nojento e não tem espaço” nos Estados Unidos.
Na mesma entrevista, Trump também fez comentários sobre a situação na Faixa de Gaza, sugerindo que a região poderia ser “melhor do que Mônaco” se reconstruída corretamente, em alusão ao aniversário de um ano dos ataques do Hamas a Israel, que desencadearam a atual guerra no Oriente Médio.
