Um caso surpreendente ocorreu em Goiânia, onde um paciente cadeirante de 28 anos, Gleidson da Costa Santos, conseguiu fugir da Santa Casa de Misericórdia e se dirigir ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), localizado a aproximadamente 8 km de distância. A informação, divulgada pela Record Goiás e confirmada pelo site Mais Goiás, trouxe à tona questões sérias sobre o atendimento e a assistência a pacientes com necessidades especiais.
Gleidson aguardava há 20 dias por uma cirurgia necessária para tratar escaras que se agravaram e evoluíram para uma infecção no osso. Segundo sua irmã, Taíse dos Santos Souza, a família não entende como ele conseguiu realizar a fuga e ficou alarmada ao vê-lo em estado de saúde debilitado ao chegar ao Hugol. “Ele estava pálido, sem noção do que aconteceu”, afirmou.
A situação do paciente revela a urgência de sua condição de saúde. De acordo com Taíse, Gleidson acreditava que não teria outra chance e buscou no Hugol a esperança de um atendimento que, segundo informações familiares, não estaria disponível na Santa Casa. Contudo, ao chegar ao novo hospital, Gleidson foi informado que não poderia ser atendido, sendo encaminhado para um quarto enquanto a família decidia os próximos passos.
A família decidiu permanecer no Hugol até que Gleidson receba a assistência médica necessária. “Ele achava que ia morrer e sabia que no Hugol tinha alguém para fazer a cirurgia”, declarou Taíse, demonstrando a angústia e o desespero da família diante da situação.
Em resposta à fuga, a Santa Casa de Goiânia emitiu uma nota explicando que Gleidson deu entrada na unidade no dia 11 de outubro, permanecendo na UTI até o dia 22, quando foi transferido para a enfermaria. A instituição afirmou que a fuga ocorreu com a utilização de uma cadeira de rodas do próprio hospital, conforme registram as imagens das câmeras de segurança. A Santa Casa também informou que uma sindicância foi instaurada para apurar os fatos e, se necessário, responsabilizar os envolvidos.
Esse episódio levanta importantes questões sobre a qualidade do atendimento e a infraestrutura disponível nas instituições de saúde, especialmente para pacientes com necessidades especiais. A situação de Gleidson é um lembrete da urgência em garantir que todos os pacientes recebam o tratamento adequado, sem que precisem recorrer a medidas extremas para buscar a ajuda necessária.
