As redes sociais brasileiras amanheceram em lamento e indignação após a divulgação do vencedor da Bola de Ouro. O prestigiado prêmio de melhor jogador do mundo foi conquistado pelo espanhol Rodri, do Manchester City, em detrimento do brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid. O atacante brasileiro, que despontava como favorito após ser eleito o melhor jogador da UEFA Champions League — onde teve atuações decisivas nas semifinais e na final — viu sua esperada consagração se transformar em descontentamento nas plataformas digitais.
Embora as redes fervilhavam com críticas e reações apaixonadas de torcedores, a imprensa internacional abordou a questão de forma mais equilibrada. Muitos analistas consideraram que tanto Vinicius quanto Rodri eram merecedores do prêmio, reconhecendo as temporadas excepcionais que ambos tiveram em seus clubes. A discussão em torno da premiação foi ofuscada por um episódio antidesportivo envolvendo Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, que decidiu retirar o clube da cerimônia ao perceber que a Bola de Ouro não seria entregue a um jogador do seu time.
O veterano jornalista Alfredo Relaño, do El País, foi um dos que criticou a postura de Pérez. Ele descreveu a atitude do presidente como “desproporcional” e “imperdoável”, ressaltando que Pérez estava visivelmente abalado após a derrota do Real Madrid para o Barcelona por 4 a 0 e a recente proibição de shows no Santiago Bernabéu, que afetaria a receita do clube. Relaño, que votou em Vinicius Junior e é autor de um livro que exalta a garra do Real Madrid em momentos decisivos, não deixou de reconhecer o valor de Rodri, chamando-o de “meio-campista colossal” e “jogador de enorme rendimento e estabilidade”.
A premiação da Bola de Ouro trouxe à tona não apenas a excelência no futebol, mas também as rivalidades e tensões que permeiam o esporte. Enquanto a comunidade futebolística debate a validade das escolhas, o foco permanece em dois talentos extraordinários que, sem dúvida, continuarão a brilhar nas próximas temporadas.
