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Donald Trump Fala em “Trapaça” nas Eleições, Enquanto Procuradores-gerais Pedem Transição Pacífica de Poder nos EUA

Na terça-feira (5), o ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de declarações controversas sobre a votação nas eleições, sugerindo que poderia haver “trapaça” em massa na Filadélfia, maior cidade do estado-pêndulo da Pensilvânia. Sem apresentar evidências concretas, Trump postou em sua rede social, a Truth Social, que “muita conversa sobre trapaça em massa na Filadélfia” estava circulando, e acrescentou que “a polícia está chegando!!!”.

O comentário gerou uma nova onda de especulações e incertezas, alimentando as já conhecidas alegações de fraude eleitoral que Trump tem propagado desde as eleições de 2020. Mais cedo, em uma entrevista à imprensa, Trump afirmou que reconheceria uma eventual derrota “se as eleições forem justas”. “Se eu perder uma eleição, se as eleições forem justas, eu seria o primeiro a reconhecer isso. Até agora penso que têm sido justas”, disse o ex-presidente após votar na Flórida, um estado crucial para sua candidatura.

Procuradores-gerais dos EUA Apelam por Transição Pacífica de Poder

Em um movimento sem precedentes, procuradores-gerais de todo o país se uniram para pedir uma “transição pacífica de poder”, algo que normalmente é solicitado pelos Estados Unidos para outros países em momentos de incerteza eleitoral. A declaração foi feita pela Associação Nacional de Procuradores Gerais (NAAG), que publicou um comunicado nesta terça-feira (5), ressaltando a importância de garantir a integridade do processo eleitoral.

“Independentemente do resultado da eleição de terça-feira, esperamos que os americanos respondam pacificamente e condenamos quaisquer atos de violência relacionados aos resultados”, afirmaram os procuradores. A declaração foi interpretada por muitos analistas como um sinal de alerta sobre a fragilidade da democracia americana, considerando o histórico recente de tentativas de subverter os resultados eleitorais, como os eventos em 6 de janeiro de 2021, quando seguidores de Trump invadiram o Capitólio.

Prisões Durante a Votação

Em meio à tensão das eleições, a polícia fez duas prisões em incidentes separados relacionados a pontos de votação nos Estados Unidos. No Capitólio, onde ocorreu a tentativa de golpe de 6 de janeiro, um homem foi preso no centro de visitas do edifício, carregando uma tocha e uma pistola de sinalização, além de apresentar um odor característico de combustível. A polícia também prendeu um segundo homem na cidade de Fowler, em Nova York, após ele fazer ameaças quando foi impedido de votar devido a uma condenação criminal.

Esses incidentes destacam o clima de tensão e a crescente polarização política nos Estados Unidos, com os ânimos elevados durante as eleições de meio de mandato, quando questões de governança e segurança pública estão em jogo.

A Atenção à Pensilvânia: Estado-Pêndulo Crucial nas Eleições

O foco de Trump e de seu adversário, o presidente Joe Biden, está na Pensilvânia, um dos estados-pêndulo mais importantes nas eleições americanas. A Pensilvânia tem sido um “termômetro eleitoral” devido ao seu peso no Colégio Eleitoral, sua representatividade demográfica e um eleitorado imprevisível, que muitas vezes pode decidir o resultado das eleições nacionais. De acordo com a U.S. News, dez dos últimos 12 presidentes eleitos venceram na Pensilvânia, o que reforça a importância estratégica do estado.

Outros estados chamados “roxos”, como Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada, também são considerados vitais para o sucesso dos candidatos, pois possuem grandes colégios eleitorais e populações diversas. A disputa nesses estados, especialmente na Pensilvânia, deve ser acirrada, e o resultado será observado de perto por analistas e eleitores em todo o país.

O clima de incerteza e tensão em torno das eleições de 2024 continua a crescer, com a expectativa de que as próximas horas e dias tragam mais novidades sobre a contagem de votos e a resposta dos candidatos. A polarização política nos Estados Unidos e a desconfiança em relação ao sistema eleitoral permanecem temas centrais enquanto o país aguarda os resultados finais.

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