Ex-deputado maranhense quer dar prefeitura como “presente” para a esposa
Em um comício realizado na última sexta-feira (27) na cidade de Presidente Juscelino, no interior do Maranhão, o ex-deputado estadual José Juscelino Rezende, pai do ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, fez um inusitado apelo aos eleitores. Ele pediu ajuda para “dar de presente” a prefeitura para sua esposa, a advogada Aline Rezende, que é candidata ao cargo pelo União Brasil.
“Querem ou não querem me ajudar a dar esse presente para minha mulher?” questionou José, em um momento que capturou a atenção dos presentes. Aline, ao seu lado, se apresentou como a esposa do ex-deputado, embora tenha declarado à Justiça Eleitoral ser solteira, um detalhe que gerou curiosidade e questionamentos sobre a situação familiar do casal.
Aline Rezende, de 34 anos, é mais nova do que seu ‘enteado’, Juscelino Filho, que tem 39 anos. Já José Juscelino, com 70 anos, se apresenta como um político experiente, mas a estratégia de promover a candidatura da esposa como um “presente” é um movimento audacioso.
Até o momento, Aline declarou ter arrecadado R$ 146,7 mil durante sua campanha, todos provenientes do União Brasil, partido ao qual também é filiado o ministro das Comunicações. Essa ligação familiar e partidária levanta questões sobre a dinâmica eleitoral e os vínculos entre política e relações pessoais na região.
A situação se torna ainda mais intrigante em um contexto onde a ética e a transparência nas campanhas eleitorais são constantemente debatidas. A estratégia de José Juscelino pode ser vista como uma tentativa de unir laços familiares e eleitorais, mas também suscita discussões sobre a seriedade das candidaturas e a escolha de representantes públicos.
A expectativa agora se volta para o desenrolar da campanha de Aline Rezende e como a população responderá ao apelo do ex-deputado, que busca consolidar sua influência na política local através do apoio à sua esposa. O cenário promete ser movimentado, e as eleições em Presidente Juscelino serão um termômetro das relações entre política e família na região.