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Justiça Autoriza Liberação de Três Suspeitos no Caso do Assassinato do Cabo Leandro Gadelha

A Justiça autorizou a liberação de três dos quatro acusados pelo assassinato do cabo da Polícia Militar Leandro Gadelha da Silva, de 38 anos, morto no dia 22 de julho, em Novo Gama, região do Entorno do Distrito Federal. O único suspeito que permanece preso é Matheus Pereira Oliveira, de 24 anos, apontado pela Polícia Civil como o autor dos disparos que resultaram na morte do policial.

O caso, que ainda está sendo investigado, envolve versões contraditórias sobre os eventos que levaram à morte do cabo. De acordo com a Polícia Civil, Matheus e seus familiares estavam envolvidos em uma negociação para a venda de uma arma em uma residência no bairro Pedregal, quando o cabo Leandro, que estava de folga, tomou conhecimento da ocorrência e alertou seus colegas da PM. A versão oficial aponta que Leandro, ao tentar localizar o local da negociação, acabou sendo atingido durante um confronto entre policiais e os suspeitos.

Versões Contraditórias e Novas Hipóteses

A investigação revelou três versões diferentes sobre os acontecimentos, duas das quais contradizem o relato feito pelos policiais que participaram da abordagem. Os três suspeitos liberados pela Justiça são parentes de Matheus Oliveira, e, segundo os depoimentos, estavam com ele na casa onde ocorreu a negociação da arma.

Um dos parentes de Matheus alegou que o negociador da arma seria o próprio cabo Leandro. No entanto, dois policiais militares que chegaram ao local do confronto afirmam que Leandro os procurou em outro ponto da cidade antes de se dirigir até a casa onde os suspeitos estavam. Os policiais disseram que o cabo os alertou sobre a negociação e foi em busca de mais informações.

Além dessas duas versões, um terceiro relato foi apresentado por um homem que se identifica como amigo do cabo Leandro. Ele afirmou que o militar estava do lado de fora da casa, observando a negociação e esperando a chegada dos colegas policiais que ele havia chamado para dar apoio.

Uma hipótese levantada por um dos policiais envolvidos no confronto sugere que, durante o tiroteio, Leandro teria entrado acidentalmente em sua linha de tiro e poderia ter sido atingido por um disparo feito pelos próprios colegas. Essa versão ainda precisa ser confirmada pela perícia técnica, que está analisando as circunstâncias da morte.

A Versão Oficial

A versão oficial da Polícia Civil é de que Matheus e seus familiares estavam na residência abandonada com o intuito de negociar uma arma. Leandro, que estava de folga, soube da negociação e, preocupado com a situação, alertou os policiais de serviço sobre a possível transação ilegal. Os policiais, então, procuraram Leandro para que ele os guiasse até o local.

Ao chegarem à residência, encontraram os quatro suspeitos, mas sem saberem ao certo quem estava negociando a arma com eles. O confronto se seguiu, resultando na morte de Leandro. A investigação ainda está em andamento, e a perícia deve ajudar a esclarecer os detalhes do incidente.

Consequências para os Suspeitos

A liberação dos três parentes de Matheus Pereira Oliveira, que estavam com ele no momento da negociação, gerou controvérsia, uma vez que as investigações ainda não confirmaram de maneira conclusiva todas as circunstâncias do caso. A decisão judicial foi baseada nas evidências coletadas até o momento, mas a Polícia Civil segue investigando o envolvimento de todos os suspeitos.

O caso continua a ser acompanhado de perto, com a expectativa de que novos depoimentos e a perícia possam esclarecer as versões conflitantes e fornecer respostas sobre o que realmente ocorreu naquela noite trágica. Enquanto isso, a família e os colegas de Leandro Gadelha da Silva aguardam justiça para o cabo que, apesar de estar de folga, perdeu a vida em um confronto que, segundo algumas versões, pode ter sido resultado de um erro trágico de comunicação.

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