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Morador de Porto Alegre Reclama no Procon contra o Tinder por Falha no Serviço de Impulsionamento

Um morador de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, recorreu ao Procon após uma insatisfação com os serviços pagos do aplicativo de namoro Tinder. O usuário alega que investiu em recursos de impulsionamento do app durante quatro anos, mas não conseguiu marcar nenhum encontro nesse período, o que motivou sua reclamação formal registrada no Procon em outubro de 2024.

O cliente questiona a eficácia do recurso de “Boost”, uma funcionalidade paga do Tinder que promete aumentar as chances de obter “Matches” — a combinação entre dois perfis que se curtiram. O serviço promete destacar o perfil do usuário, aumentando sua visibilidade no app por 30 minutos e colocando-o em evidência na lista de recomendações locais, com uma visibilidade até dez vezes maior do que um perfil não impulsionado.

A queixa foi encaminhada ao Procon, que notificou o Tinder sobre a situação e solicitou um posicionamento formal do aplicativo até o dia 7 de novembro de 2024. A reclamação levanta questões sobre a transparência e a efetividade dos serviços pagos oferecidos pelo Tinder, um dos aplicativos de namoro mais populares do mundo.

Assinaturas e Funcionalidades Exclusivas

O Tinder oferece diferentes tipos de assinaturas com recursos exclusivos que visam melhorar a experiência do usuário, e entre eles está o “Boost”, que promete aumentar significativamente as chances de interações ao destacar o perfil por um tempo limitado. O app também oferece os planos Tinder+, Tinder Gold e Tinder Platinum, que oferecem uma série de vantagens como:

  • Tinder+: Inclui recursos como curtidas ilimitadas, a capacidade de desfazer um deslize (Rewind), e a possibilidade de navegar de forma anônima.
  • Tinder Gold: Além dos benefícios do Tinder+, oferece a opção de ver quem curtiu seu perfil antes de decidir dar um “like” ou “passar”.
  • Tinder Platinum: O plano mais caro, que inclui todas as vantagens dos planos anteriores, além de funcionalidades exclusivas, como a possibilidade de enviar mensagens antes de dar “Match” e visualizar quem curtiu seu perfil com mais filtros.

A alegação do morador de Porto Alegre levanta um debate sobre a real eficácia dos serviços pagos oferecidos pelo aplicativo e se as promessas de maior visibilidade e mais “Matches” estão sendo cumpridas de forma justa para os consumidores que investem nesse tipo de recurso.

O Procon agora aguarda uma resposta do Tinder, que terá até o dia 7 de novembro para esclarecer a situação e se posicionar sobre a queixa do usuário. Caso a empresa não consiga justificar a eficácia do serviço de impulsionamento ou não resolver a insatisfação do cliente, o caso poderá resultar em sanções administrativas ou até mesmo em um processo de reembolso para o consumidor afetado.

O caso também chama a atenção para um tema mais amplo: o crescente mercado de aplicativos de namoro e a responsabilidade das plataformas em garantir que as funcionalidades pagas entreguem os resultados prometidos aos usuários.

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