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Tribunal de Justiça de Goiás Mantém Liberdade de Acusado de Homicídio de Menino de 7 Anos

Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) decidiram, nesta quinta-feira, que Hian Alves de Oliveira, um servente de pedreiro de 18 anos, permanecerá em liberdade. A decisão foi tomada após os magistrados não acatarem o recurso do Ministério Público, que buscava anular o júri popular que absolveu Hian da acusação de homicídio do menino Danilo de Sousa Silva, de apenas 7 anos, em Goiânia.

Hian foi preso em julho de 2020, suspeito de matar Danilo por asfixia, em um crime que chocou a comunidade local. Em junho deste ano, o Tribunal do Júri o absolveu, levando à indignação da família da vítima. O advogado de Hian, Gilles Gomes, destacou que o júri apontou diversas falhas na investigação e ressaltou que seu cliente havia sido submetido a pressão, violência e tortura enquanto estava detido na delegacia.

A família de Danilo expressou sua insatisfação com o desfecho do caso e agora busca a reabertura das investigações. Até o momento, Hian é o único indiciado pela morte do garoto, enquanto o padrasto da criança, Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, foi preso, mas não indiciado.

Desaparecimento e Descoberta do Corpo

Danilo foi visto pela última vez no dia 21 de julho de 2020, no Parque Santa Rita, em Goiânia. Sua mãe informou à polícia que ele mencionou a intenção de ir à casa dos avós, mas nunca chegou ao destino. O corpo do menino foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 27 de julho, em uma área próxima à residência da família. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Danilo havia sido vítima de asfixia.

Mudança na Versão de Hian

Os delegados Ernane Cazer e Rilmo Braga, em coletiva de imprensa, relataram que, inicialmente, Hian implicou Reginaldo no crime. No entanto, ele mudou sua versão durante novos interrogatórios, afirmando que atraiu Danilo para uma área de mata sob a falsa promessa de buscar uma pipa que havia caído. A Polícia Científica encontrou o brinquedo próximo ao local onde o corpo foi localizado, corroborando a nova versão de Hian. Ele não participou da reconstituição do crime.

O caso continua gerando controvérsias e emoções intensas, com a família de Danilo determinada a buscar justiça e esclarecer os fatos.

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